segunda-feira, 3 de julho de 2017

Armários, portas, cacifos...

Já lá vão uns meses desde a história do "magnifique" depois da adaptação a essa rotina que foi a de se fechar no armário em casa e falar uma espécie de francês, todos os dias antes de se deitar, outras daí advieram, entre as quais a de se fechar nos cacifos da piscina sempre que vamos às aulas de natação. Aproveita sempre o momento em que arrumo a tralha na mochila para se fechar num cacifo sem fechadura e fazer um pequeno teatro comigo em que ele assume o papel de Monsieur Magnifique, génio malvado que me rapta macaquito e o leva para o deserto ou para o espaço,  apenas depois de eu fazer um monólogo zangado com a porta do armário, lá aparece um macaquito feliz por estar de volta. 
Ora numa das aulas de macaquita, em que tive de o levar também, enquanto eu ajudava a irmã a vestir o fato de banho ele ficou sentado num banco a aguardar. No meio da confusão de um balneário infantil cheio de meninas começo a discernir um tum tum tum pouco habitual, levo dez segundos a processar até que resolvo procurar no lado oposto ao que nos encontramos e para espanto de todas as mães que ali se encontram, sai um rapaz muito esbaforido e atrapalhado de um cacifo que tinha uma fechadura funcional. Desta vez não lhe saiu nada em francês tal foi a aflição que passou quando percebeu que estava trancado.
Passado uns tempos, noutro dia de piscina, no curto caminho que separa o estacionamento da porta principal, deixei de o ver. Corri para dentro do complexo e nada, perguntei a todas as pessoas que ali se encontravam e nada, agarrei no cartão dele, passei nos torniquetes na esperança de que estivesse no balneário à minha espera, entrei e nem sinal dele, paniquei. Voltei atrás e nada, volto ao balneário e chamo por ele e nada, até que de dentro do cacifo (o tal sem fechadura) sai um macaquito todo nu, a falar francês. 
-Conseguiste  despir-te sozinho?! Muito bem, para a próxima vamos tentar isso fora do armário, ok? - foi a única coisa que consegui dizer, sem me rir não vá este disparate tornar-se rotina também.


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Dá cá bananinhas!