sexta-feira, 9 de junho de 2017

Não me chamem menino

Faltavam dez minutos para a aula de música, sentei-me com eles na esplanada a beber um café. Na mesa do lado um labrador manso e brincalhão, apesar disso, grande o suficiente para deixar macaquito em pânico e mantê-lo sossegado na cadeira. Pediu-me o telefone para jogar e ali ficou imóvel e concentrado. Do outro lado surgiu um bebé, cerca de dois anos, engraçou com macaquito e meteu-se com ele, macaquito sorriu sem desviar os olhos do telefone e o pequeno insistiu, fez-lhe uma festa no cabelo e correu para a mãe, macaquito continuava imóvel. Passado um minuto, o petiz volta à carga e repete a festa no cabelo, mais uma vez nem um piscar de olhos. Ao fim de três ou quatro tentativas, a mãe do pequeno sorri e resolve intervir.
-Lourenço, larga o menino, estás a chatear. 
Sem desviar a atenção do telefone e praticamente estático, macaquito diz pausadamente.
-Bem... na verdade... o meu nome é Macaquito. 

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