domingo, 5 de junho de 2016

Meter o bedelho

Dia agitado, acordaram cedo, demasiado cedo para sábado mas tarde para eles que tinham a prima em casa e imensas coisas para pôr em dia. Consequência do madrugar, enquanto jantávamos macaquita tinha dores, dores de barriga, de cabeça, de olhos, de garganta, de tudo. A cabeça em cima da mesa, o cabelo no prato, a comida que teimava em permanecer irremediavelmente fria no prato.
-Come, macaquita, se não queres vais dormir.
-Não quero dormir, dói-me a barriga. 
-Deixa-te de tretas, se não queres comer vais dormir. Se queres ir ao ensaio connosco, tens de comer.
Macaquito resolve intervir.
-Estás ouvir, tens de comer senão...
-Macaquito, pára de meter o bedelho. Estou a falar com a mana, não é contigo.
-Ei, eu não sou fedelho.
-Bedelho, eu disse bedelho.
-Bedelho?? Vou escrever no tablet (que é como quem diz, vou googlar).
-Não precisas de pesquisar, não metas o bedelho é o mesmo que dizer para não meteres o nariz onde não és chamado. 
-Se eu quiser escrever no tablet, posso escrever e ver as imagens. Não metas o bedelho nas minhas coisas, ok?!
Fico com a ideia de que percebeu o significado, mesmo sem ver as imagens.

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